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Goiás tem seis regiões em estado de calamidade e segunda onda de Covid-19 mais forte que a primeira, diz Saúde

A segunda onda de Covid-19 está mais forte que a primeira em Goiás e seis regiões do estado estão em situação de calamidade, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (17) pela Secretaria de Estado de Saúde. Foram emitidas orientações de como cada município deverá agir para evitar o avanço da doença de acordo com a situação da região em que está localizado.

“A segunda onda está mais forte do que a primeira. Felizmente, o estado expandiu estruturas, continuamos expandindo, mas não teremos leitos para 7,2 milhões goianos. Precisamos, de fato, frear a contaminação”, disse o secretário de Saúde, Ismael Alexandrino.

Ao todo, o estado é dividido em 18 regiões de saúde.

Em um terço delas, a situação foi considerada preocupante.

“Nós fizemos uma distribuição de casos confirmados por semana epidemiológica de cada região de saúde do estado. Quando fizemos essa avaliação, vimos que em seis regiões temos uma situação que nos preocupou muito, porque no segundo pico de casos temos uma situação pior do que a primeira onda”, disse a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim.

As regiões de saúde listadas em situação de calamidade são: Entorno Sul; Estrada de Ferro; Nordeste II; Oeste I; Rio Vermelho e São Patrício I. Dentro dessas áreas estão 89 cidades. Entre elas, por exemplo, estão Caldas Novas, Catalão, Três Ranchos e Aruanã.

Em regiões com situação de calamidade, a secretaria recomenda a interrupção de todas atividades, exceto: supermercados, farmácias, postos de combustível e serviços de urgência e emergência em saúde.

“Temos um aumento considerável de casos e um aumento maior em cidades fora da Região Metropolitana”, disse a superintendente.

Situação de calamidade

A Secretaria de Saúde explicou que para montar o mapa da situação de cada região do estado em relação à Covid-19 foram analisados os números de casos confirmados, a taxa de internação e ocupação de leito, além dos registros de síndromes respiratórias agudas graves em cada município.

Após a elaboração do mapa, a secretaria divulgou que seis estão em situação de calamidade, oito em nível crítico e quatro em alerta. A atualização vai ser feita semanalmente.

“Isso é uma fotografia da situação do estado. A pandemia não deve ser analisada de forma individual. Se um município está em situação melhor, mas está na região vermelha devido ao município do lado, ele não deve agir de forma indiscriminada”, reforçou o secretário de Saúde.

Veja quais restrições as cidades devem tomar nos três cenários:

Situação de alerta: funcionamento de todas as atividades, exceto eventos com mais de 150 pessoas, com o uso e fiscalização de protocolos específicos para as atividades afins;

Situação crítica: funcionamento das atividades de alto risco de transmissão com lotação máxima de 30% da capacidade, conforme abaixo:

  • Instituições religiosas;
  • Bares e restaurantes.

Funcionamento das atividades de médio risco de transmissão com lotação máxima de 50% da capacidade, conforme abaixo:

  • Academias, quadras esportivas escolas de esporte;
  • Salões de beleza e barbearia;
  • Shoppings e centros comerciais.

Para as atividades abaixo relacionadas, seguir recomendações específicas:

  • Eventos sociais: capacidade máxima de 150 pessoas
  • Empresas e escritórios: prioritariamente para trabalho remoto ou 50% da capacidade do estabelecimento em trabalho presencial.
  • Transporte públicos: lotação máxima limitada ao quantitativo de passageiros sentados;
  • Funerais: máximo de 10 pessoas.

Situação de calamidade: recomenda-se a interrupção de todas atividades, exceto: supermercados e congêneres, farmácias, postos de combustível e serviços de urgência e emergência em saúde.

Fonte: G1 Goiás

Fotos: Goiás Atual / Secretaria Estadual de Goiás