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Goiás teve 2,4 milhões de raios entre janeiro e fevereiro de 2023, diz Equatorial

De acordo com a Equatorial, Goiás registrou 2,4 milhões de raios somente em janeiro e fevereiro deste ano. Conforme a companhia, o número representa mais de 60% do total registrado em todo o ano de 2022, que chegou a 3,8 milhões. As cidades mais impactadas nos últimos dois meses foram Niquelândia, Cristalina, Rio Verde, Porangatu, Jataí e Formosa.

Somente em janeiro foram registrados 1,7 milhão de descargas atmosféricas, o que é quase três vezes mais que o total identificado no mesmo período do ano passado.

A companhia informou que a empresa possui um sistema de monitoramento de raios em parceria com a Climatempo com objetivo de acompanhar a evolução das tempestades, visto que as descargas atmosféricas afetam o fornecimento de energia, além de provocarem curtos-circuitos, queima de equipamentos e até acidentes fatais.

A empresa ainda compartilhou dicas de segurança que alertam sobre os cuidados para se ter dentro e fora de casa durante tempestades.

Cuidados dentro de casa:
  • Evitar o uso de celular, secador de cabelo e ferro elétrico conectados à tomada;
  • Evitar uso de chuveiro ou torneira elétrica;
  • Evitar consertos de instalações elétricas;
  • Se possível, permanecer dentro de casa enquanto a tempestade durar.
Cuidados fora de casa:
  • Evitar contato com objetos metálicos, como cercas de arame, tubos metálicos e principalmente linhas telefônicas ou elétricas;
  • Evitar estar em locais como campos abertos, piscinas, lagos, praias, árvores isoladas, postes e locais elevados
Raios

Conforme o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as descargas atmosféricas podem ocorrer da nuvem para o solo, do solo para a nuvem, dentro da nuvem, da nuvem para um ponto qualquer na atmosfera, denominados descargas no ar, ou ainda entre nuvens.

A intensidade típica de um raio é de 30 mil amperes – cerca de mil vezes a intensidade de um chuveiro elétrico. Diferente do que muitos dizem, os raios podem cair mais de uma vez no mesmo lugar.

Um raio pode durar até dois segundos, mas dura, em geral, cerca de meio a um terço de segundo. Embora a potência de um raio seja grande, sua pequena duração faz com que a energia seja pequena, algo em torno de 300 kWh, o que equivale ao consumo mensal de energia de uma casa pequena.

Segundo o Elat, a chance de uma pessoa ser atingida diretamente por um raio é muito baixa, em média menor do que 1 para 1 milhão. No entanto, caso a pessoa esteja em uma área aberta, embaixo de uma tempestade forte, esta chance pode aumentar em até 1 para mil.

A corrente do raio pode causar queimaduras e outros danos a diversas partes do corpo. A maioria das mortes de pessoas atingidas por raio é causada por parada cardíaca e respiratória. Grande parte dos sobreviventes sofre por um longo tempo de sérias seqüelas psicológicas e orgânicas. A luz produzida pelo raio chega quase instantaneamente à visão de quem o observa.

Entretanto, a maior causadora de mortes e ferimentos não é a incidência direta do raio na pessoa, mas os efeitos indiretos de quando um raio cai próximo. As descargas provocam incêndios e queda de linhas de energia.

No Brasil, caem 77,8 milhões de raios por ano e a explicação é que o país é o maior da zona tropical do planeta – área central onde o clima é mais quente e, portanto, mais favorável à formação de tempestades e de raios.

*Por Thauany Melo

Fonte: G1 Goiás

Foto: Divulgação/Equatorial