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Goiás tem mais de 600 mil pessoas em grupo com comorbidades para receber vacina contra a Covid-19

Depois dos idosos com idade entre 60 e 64 anos, os brasileiros com comorbidades serão o próximo grupo prioritário a ser vacinado contra a Covid-19. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde (MS), integram o grupo 17.796.450 pessoas. Já em Goiás, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), são 616.561 goianos que deverão começar a ser imunizados no mês de maio, sendo convocados por idade, dos mais velhos para os mais jovens, com idades entre 59 e 18 anos. 

De acordo com a pasta, é importante que as pessoas pertencentes ao grupo das comorbidades estejam pré-cadastradas no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) ou em alguma unidade de saúde do SUS. Porém, quem não tiver inscrição, pode apresentar, no momento da vacinação, um comprovante que demonstre pertencer a um destes grupos de risco, como exames, receitas, relatório médico ou prescrição médica. 

Em entrevista ao jornal O Hoje, o médico infectologista Marcelo Daher explicou que são comorbidades as doenças que acontecem junto às doenças crônicas que o paciente tem e de repente adquire Covid-19. “Essas pessoas, além da idade, o fator de ter uma comorbidade aumenta a gravidade da doença, então os pacientes que têm qualquer comorbidade tem um risco maior de ter uma evolução de uma forma mais grave da Covid-19”, afirma. 

O especialista destaca que entre as comorbidades estão doenças como diabetes, pneumopatias crônicas graves, o que inclui asma, todos os tipos de hipertensão arterial, problemas cardíacos graves, renal crônica que está sendo submetido à diálise ou não, anemia falciforme, obesidade mórbida, síndrome de down, entre outras. O médico lembra que, por este grupo prioritário ser muito amplo, o governo coloca que essas pessoas precisam fazer um cadastro. 

“[O governo] vai disponibilizar provavelmente um local para fazer o cadastro, mas os documentos apresentados bastarão, em princípio, para que a pessoa possa se vacinar, então os documentos também fazem parte da avaliação e dispensariam de pré-cadastro no caso de não houver”, pontua. No entanto, Marcelo destaca que cada município tem autoridade e autonomia para definir o seu esquema de vacinação e o seu cadastro. “Os municípios podem escolher como vão começar, por idade, internados, risco maior, que estão indo nos hospitais”, ressalta. 

Para o especialista, o mais importante desta nova fase da vacinação é que haja vacina suficiente para que a imunização não seja interrompida. “Por ser um grupo muito amplo, é importante que a vacina chegue e que todos possam iniciar a vacinação”, finaliza. 

Rio Verde 

Em Rio Verde, a prefeitura já liberou o acesso ao pré-cadastro para a vacinação dos portadores de comorbidades mais graves. Entre eles estão: os imunodeprimidos, transplantados, pacientes oncológicos, pessoas com Síndrome de Down, e com obesidade mórbida. De acordo com a administração municipal, um segundo cadastro para pessoas que têm outras comorbidades será liberado em breve e abrangerá diabéticos e hipertensos, por exemplo. 

A prefeitura orienta ainda que as pessoas não devem procurar as Unidades Básicas de Saúde para se vacinar, uma vez que, assim que houver doses disponíveis, os grupos serão chamados para receber a vacina.

Fonte/Foto: O Hoje