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Ministério da Saúde lança campanha para incentivar o aleitamento materno no Brasil

O leite materno é a melhor fonte de nutrição para bebês e a forma de proteção mais econômica e eficiente para diminuir as taxas de mortalidade infantil, sendo capaz de reduzir em até 13% os índices de mortes de crianças menores de cinco anos. Para informar a população sobre a importância do aleitamento materno e incentivar mulheres a amamentar, o Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (29) a campanha “Todos pela amamentação. É proteção para a vida inteira”.

O objetivo da iniciativa é informar a população sobre a importância do aleitamento materno e incentivar mulheres a amamentar até os 2 anos ou mais e, de forma exclusiva, nos seis primeiros meses da criança, mesmo em casos de Covid-19. A publicidade será veiculada em sites, redes sociais e páginas da internet no período de 30 de julho a 15 de agosto.

Na abertura do evento, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, enfatizou o papel do Ministério no incentivo ao aleitamento materno. “Cabe a gente, como Governo Federal, fortalecer cada vez mais essa iniciativa para que todas as mães possam amamentar. Amamentar é preciso. Só assim teremos uma geração mais forte e resistente”, disse Câmara.

A representante da Organização Panamericana de Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, Socorro Gross, informou que nas regiões das Américas, menos da metade das crianças mamam na primeira hora de vida. De acordo com ela, isso faz diferença na continuidade da amamentação porque desenvolve o movimento mais correto de sucção e ajuda a criar um vínculo entre a mãe e o bebê. “Também temos que nos perguntar por que só quatro em 10 crianças no mundo tem aleitamento materno só nos primeiros seis meses. Precisamos criar políticas públicas que orientem e incentivem a amamentação para aumentarmos nossos índices”, afirmou.

Desde 1981, o Ministério da Saúde coordena estratégias para proteger e promover a amamentação no Brasil. Atualmente, a Pasta repassa R$ 18,2 milhões para os Hospitais Amigos da Criança por ano, que cumprem os 10 passos para o sucesso do aleitamento materno. Hoje, o país tem 301 Hospitais Amigos da Criança em todos os estados e Distrito Federal.

O Brasil também conta com 222 bancos de leite humano e 219 postos de coleta. Com essa ampla rede, em 2020, cerca de 181 mil mulheres doaram mais de 226 mil litros de leite materno e até junho de 2021, 92 mil doadoras já arrecadaram 111,4 mil litros.

Em 2020, a Pasta investiu R$ 16,9 milhões, em caráter excepcional, na proteção e apoio ao aleitamento materno e na alimentação complementar adequada para crianças menores de dois anos na Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB), da Atenção Primária à Saúde.

Números revelam que os índices nacionais do aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de 6 meses aumentaram de 2,9% para 45,7% quando se compara o período de 1986 até 2020. Também é possível observar grande evolução da prevalência de aleitamento materno continuado no primeiro ano de vida, passou de 30%, em 1986, para 53,1%, em 2020.

Por ano, cerca de seis milhões de vidas são salvas por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A prática protege a criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias, além de evitar o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta.

Fizeram parte da mesa principal da cerimônia a coordenadora geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, Janini Selva Ginani; o secretário de Estado de Saúde de Rondônia, Fernando Máximo; o diretor do Conasems, Geraldo Reple; o representante da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Luciano Santiago; e o secretário de Estado de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto.

*Por Mahila Lara – Ministério da Saúde

Foto: Reprodução/Internet