Mais de 30 mulheres procuram a polícia após prisão de ginecologista suspeito de crimes sexuais contra pacientes em Anápolis
Após a prisão do ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, suspeito de crimes sexuais contra pacientes, mais de 30 mulheres procuraram a Polícia Civil para denunciá-lo, na tarde desta quarta-feira (29), em Anápolis. Segundo as investigações, ele praticava atos libidinosos nas mulheres durante consultas ou exames.
Em nota, a defesa do médico disse que “até onde teve acesso ao inquérito, consta somente o simples exercício profissional do médico especialista em ginecologia e que em nenhum momento realizou qualquer tipo de procedimento médico com cunho sexual”.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou, por meio de nota, que soube das denúncias contra o profissional nesta quarta-feira e que “vai apurar o caso e a conduta do médico no exercício profissional”.
Como a polícia suspeitava que ele pudesse ter feito outras vítimas, inclusive em outros estados, a identidade do profissional foi divulgada logo após ele ser preso, justamente para que, caso alguém o reconhecesse, registrasse a denúncia.
O ginecologista foi preso enquanto trabalhava em uma clínica da cidade. A polícia cumpriu ainda mandado de busca na casa dele, onde foram apreendidos notebooks, celular e pen drives, que serão periciados.
“Ele foi preso preventivamente por violação sexual mediante fraude, porque usava do fato de ser médico para cometer os abusos”, explicou a delegada Isabella Joy, responsável pela investigação.
Segundo a delegada, o médico escolhia pacientes jovens, bonitas e que estavam sozinhas. A corporação apurou que o profissional tem registro para praticar a medicina em Goiás, Pará, Paraná e Distrito Federal.
“Ele tem CRM em vários estados, já atuava há um bom tempo, então pode ter outras vítimas”, completou a delegada.
De acordo com as investigações, uma sentença chegou a condenar o ginecologista por violação sexual mediante fraude em Brasília.
A corporação informou ainda que o relato da mulher que fez a denúncia contra o médico no DF descreve o mesmo modo de agir que as três pacientes ouvidas pela Polícia Civil de Anápolis.
As investigações apontaram ainda que, no Paraná, uma mulher registrou ocorrência pelo mesmo crime, mas o caso foi arquivado.
*Por Guilherme Rodrigues
Fonte: G1 Goiás
Foto: Divulgação/Polícia Civil de Goiás