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Abdulrazak Gurnah, da Tanzânia, ganha o Nobel de Literatura 2021

O tanzaniano Abdulrazak Gurnah é o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 2021. O anúncio foi feito pela Academia Sueca no início da manhã desta quinta-feira (7/10). Nascido em 1948, Abdulrazak Gurnah cresceu na ilha de Zanzibar, mas se refugiou na Inglaterra no final dos anos 1960, aos 18 anos, por causa da perseguição a muçulmanos. Até a aposentadoria, foi professor de Inglês e de Literatura Pós-colonial na Universidade de Kent.

É autor de “Paradise” (1994), entre outros nove romances inéditos no Brasil. O prêmio foi dado por sua abordagem dos “efeitos do colonialismo e do destino do refugiado no abismo entre as culturas e os continentes”, segundo o júri. Além dos dez romances, Abdulrazak Gurnah escreveu também contos – e a questão do refúgio é presente em sua obra desde o começo, nos anos 1980. Sua língua original é a Swahili, mas sua literatura é toda feita em inglês.

“Paradise” é sua obra mais famosa. Foi finalista do Booker Prize em 1994 e conta uma história de formação – do amadurecimento de um garoto tendo como pano de fundo uma África cada vez mais corrompida pelo colonialismo e pela violência.

Entre os escritores cotados este ano, muitos também nos anos anteriores, estavam nomes como o do sul-coreano Ko Un, o queniano Ngugi wa Thiong’o, o chinês Can Xue, o indiano Vikram Seth, o moçambicano Mia Couto e o oponente chinês Liao Yiwu, além do japonês Haruki Murakami, da russa Ludmila Ulitskaya, do húngaro Peter Nadas, do francês Michel Houellebecq, do albanês Ismaël Kadaré, das canadenses Anne Carson e Margaret Atwood e das americanas Joyce Carol Oates e Joan Didion.

*Por Agência Estado

Fonte: A Redação

Foto: Reprodução/Google