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Casos de covid-19 apresentam tendência de queda em Goiás

Goiás tem forte tendência de queda dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que são em sua maioria provenientes de infecções pela covid-19. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (25/11) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Boletim InfoGripe. Os dados analisados são da Semana 46 do ano, entre os dias 14 e 20 de novembro. Em Goiânia, a tendência também é de queda.

Para a avaliação, a Fiocruz considera os números de curto (últimas três semanas) e longo prazo (últimas seis semanas). Com base nos dados das últimas seis semanas, Goiás apresenta 95% de tendência de queda nos casos de SRAG. Para o cálculo, os pesquisadores traçam estimativas com base no perfil de variação de novos casos.

A fundação no entanto alerta que, em situações parecidas como a dos goianos, que apresenta tendência de queda com base no longo prazo, mas tem sinais de estabilidade no número de dados quando se olha para o curto prazo, deve-se manter medidas cautelosas. Isto porque, com essa variação dos números, há possibilidade de alteração das projeções nas semanas seguintes.

“Em situações como essa, o recomendável é que eventuais novas medidas que estejam em planejamento à luz da tendência de queda sejam suspensas para reavaliação da tendência nas semanas seguintes”, diz trecho do Boletim InfoGripe. Ao todo, os casos do novo coronavírus representam cerca de 96,4% das notificações de SRAG no País desde 2020.

Incidência de casos da covid-19

No último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, Goiás figurava como o Estado brasileiro com maior taxa de incidência de casos da covid-19 a cada 100 mil habitantes. Os dados eram referentes à semana 45, entre os dias 7 e 13 de novembro. Segundo os números, foram notificadas 147,7 infecções a cada 100 mil moradores.

Ao todo, Goiás contabilizou 10.504 contaminados e 80 mortos entre os sete dias. Com os resultados, o Estado ficou na oitava posição em relação à taxa de mortalidade a cada 100 mil habitantes. Em âmbito nacional, Goiás figurou na primeira posição da incidência de casos na semana 43 e retornou ao posto na semana 45 – último boletim publicado.

Além da taxa de incidência, Goiás também é o Estado com maior número absoluto de contaminações notificadas na segunda semana de novembro: foram 10.504 infecções registradas no período. No Centro-Oeste, os goianos lideraram a taxa de incidência de casos por, pelo menos, três semanas, segundo as divulgações do Ministério da Saúde.

Nova variante

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou nesta sexta-feira (26), ao governo federal, o fechamento de fronteiras com pelo menos seis países após a divulgação de que uma nova variante do novo coronavírus foi descoberta. A sugestão de bloqueio seria para viajantes vindos da África do Sul, de Botsuana, de Eswatini, do Lesoto, da Namíbia e do Zimbábue.

Nomeada B.1.1.529, a cepa foi registrada inicialmente na África do Sul. Países da União Europeia, Reino Unido e Índia já anunciaram o controle de fronteiras mais rígidos para evitar a circulação da variante. Além disso, a descoberta da mutação gerou alarme inclusive na economia mundial.

Especialistas dizem que a nova variante apresenta 50 mutações ao todo. Mais de 30 delas estariam na proteína spike, que é o alvo principal das vacinas contra a covid-19 por ser o mecanismo utilizado pelo vírus para entrar nas células. Este número é quase o dobro da variante Delta e tornaria a cepa sul-africana diferente do coronavírus original – para o qual as vacinas foram elaboradas.

*Por Théo Moreno

Fonte: A Redação

Fotos: Vinicius Schmidt/Metrópoles / Reprodução/GZH