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Polícia Federal combate abuso sexual infantil em Goiás e outros Estados

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (3/12) a Operação Lobos II, que desarticulou um grupo de supostos criminosos que utilizava a darkweb para divulgar material de abuso sexual infantil em Goiás, outros Estados brasileiros e em diversas partes do mundo. “Trata-se de uma ação de grande relevância no combate a este tipo de atividade criminosa, em razão do volume de material produzido e da periculosidade dos alvos”, afirma a corporação. 

Iniciada no ano de 2016, a Polícia Federal estabeleceu parcerias com forças policiais de diversos países com o objetivo de identificar indivíduos que se utilizavam da darkweb para difundir material de abuso sexual infantil. “Os criminosos atuavam mediante divisão de tarefas  (arregimentadores, administradores, moderadores, provedores de suporte de hospedagem, produtores de material, disseminadores de imagens, dentre outros) com a finalidade de produzir e realizar a difusão de imagens, fotos e comentários acerca de abuso sexual de crianças e adolescentes e, ainda, alimentar a demanda por esse tipo de material.” 

De acordo com a Polícia Federal, a “união internacional de esforços permitiu a identificação de um indivíduo brasileiro que utilizava a deepweb para hospedar e gerenciar cinco dos maiores sites de abuso sexual infantil de toda a rede mundial de computadores”. “Os sítios e fóruns da darkweb eram divididos por temática, com imagens e vídeos de abuso sexual de crianças de 0 a 5 anos, abuso sexual com tortura, abuso sexual de meninos e abuso sexual de meninas”, descreve a PF.  

Segundo informações da Operação Lobos II, os sites eram utilizados por mais de 1,8 milhão usuários em todo o mundo para “postar, adquirir e retransmitir materiais relacionados a violência sexual contra crianças e adolescentes”, o que dá a dimensão da necessidade do enfrentamento aos principais fomentadores deste tipo de conduta delituosa. 

“A Polícia Federal, capitaneando no Brasil a união internacional, logrou êxito em identificar e prender o principal responsável pelos sites voltados para o abuso sexual de crianças e adolescentes, em uma ação que foi batizada de Operação Lobos. Na época, o esforço investigativo não foi objeto de divulgação no escopo de viabilizar prisões de produtores e consumidores deste tipo de material criminoso e o resgate de crianças vítimas em todo o mundo.”

Investigações

A PF ifnorma que a continuidade das medidas investigativas em sigilo permitiu a identificação e localização de dezenas de indivíduos no Brasil envolvidos com a produção e divulgação de material envolvendo abusos sexuais contra crianças e adolescentes.

“Desta forma, está sendo possível a deflagração da Operação Lobos II, a qual está sendo realizada com o cumprimento de 104 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão preventiva distribuídos em 20 Estados [entre eles Goiás] e no Distrito Federal.” A Polícia Federal realiza a operação em Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. 

O objetivo da Operação Lobos II, “para além da identificação e prisão de abusadores sexuais e de consumidores desse tipo de material”, é localizar e resgatar crianças “que se encontram em situação de extrema violência”, segundo informações da força-tarefa. “Os  crimes investigados na Operação Lobos II são a venda, produção, disseminação e armazenamento de pornografia infantil (arts. 240, 241, 241-A e 241-B do ECA) e estupro de vulnerável (217-A do CPB), sem prejuízo de outros que possam surgir com a continuidade das investigações.

Fonte: A Redação

Foto: Divulgação/PF