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Apenas 8% das escolas públicas retomam aulas presenciais em Goiás

Após mais de 10 meses de aulas online, a rede estadual de Educação retomou os encontros presenciais em Goiás, nesta segunda-feira (25). Por enquanto, apenas 8% das escolas do estado, ou seja, 82 de 1.029 instituições de ensino, terão a presença física de alunos. Colégios iniciam sistema híbrido, com estudantes de forma presencial e remota. Quantidade máxima por sala de aula é de 30% da capacidade total do lugar. Pais divergem sobre o retorno.

De acordo com a superintendente de Ensino Médio, Osvany da Costa Gundim Cardoso, alunos que não tiveram acesso a internet em 2020 têm prioridade para participarem das aulas presenciais agora. O retorno presencial é facultativo e as escolas e pais podem decidir se retornam ou não.

A profissional explica que os colégios devem ter rodízio de alunos – configuração planejada por cada instituição -, já que a quantidade máxima de estudantes é de 30% por sala de aula.

“Esse é um planejamento que pode ser alterado a qualquer momento, considerando o cenário epidemiológico de cada cidade, bem como as orientações do Centro de Operações de Emergência (COE) em Saúde Pública de Goiás. É importante deixar claro que a volta presencial não é obrigatória. Caso os pais não sintam segurança, poderão deixar os filhos de forma remota”, disse.

Ainda segundo expõe Osvany, os colégios que optarem pelo retorno presencial terão de cumprir protocolos sanitários para evitar a contaminação do coronavírus. Entre as normas estão o uso obrigatório de máscara, álcool em gel, aferição de temperatura, assim como distanciamento social e marcação nas cadeiras com indicação onde cada estudante pode se sentar.

Pais divergem

Apesar do retorno presencial, a dona de casa Lorena Almeida afirma que, ao menos por agora, a filha de 14 anos e que cursa o 9º ano do Ensino Fundamental não voltará para a instituição. “Temos a vacina, mas nem todo mundo vai poder se vacinar agora. As aulas online são complicadas, a atenção dos alunos acaba sendo menor, mas ainda assim prefiro que minha filha estude em casa. É a opção mais segura por enquanto”, afirmou.

A vendedora Aline Santana também concorda com o pensamento de Lorena. Para ela, o momento não é favorável para o retorno. “Estamos tendo muitos casos de covid-19 em Goiás. Não sinto confiança em deixar meu filho voltar para a sala de aula mesmo com os protocolos. Ele vai continuar estudando online”, disse.

Por outro lado, o mecânico Thiago Moreira afirmou que o filho, de 16 anos, é um dos que voltarão às aulas presenciais. O homem aposta na conscientização dos estudantes e das escolas. “As medidas de segurança vão fazer com que essa volta seja segura. Os alunos precisam continuar sendo orientados a usar máscara e higienizar as mãos. A vida precisa voltar ao normal com consciência”.

Fonte: É Mais Goiás

Foto: Zanone Fraissat/FolhaPress