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Casal se torna réu por triplo homicídio em Leopoldo de Bulhões

A Justiça acatou denúncia formulada pelo Ministério Público do Estado de Goiás e tornou réu o massoterapeuta e ex-agente penal temporário Thiago Tavares Pimentel, de 44 anos, e sua namorada, Luiza Nery Vieira Ricardo, de 39 anos, pela morte do ex-marido de Luiza, o chacareiro Denismar Ricardo, de 49 anos, da companheira dele, Suzana Matos Vilefort Paiva, também de 49 anos, e da filha de Suzana, Jéssica, de 29.

O crime foi cometido na chácara que Denismar morava e trabalhava, em Leopoldo de bulhões, no dia 02 de fevereiro. Thiago e Luíza se encontram detidos desde a primeira quinzena do mesmo mês.

O crime foi solucionado primeiro porque Thiago, na fuga, deixou o carro que estava no nome da mulher na chácara. Depois, porque ao analisarem o celular dele, encontraram conversas com Luiza na qual falavam sobre Denismar e sobre a possibilidade de matá-lo.

Inicialmente, Thiago disse que havia ido à chácara para “dar uma surra” no ex da namorada e Luíza negou que tivesse combinado qualquer crime. Entretanto, confrontados com as provas coletadas, acabaram confessando.

Luíza foi casada por 11 anos com Denismar. O casal se separou em 2017, quando ela o denunciou por estupro contra uma criança da família. Thiago disse, em depoimento, que Denismar foi absolvido pelo crime, o que teria aumentado a indignação do casal, mas, no relatório policial consta que o processo – que está em sigilo por envolver crime sexual – seguia em tramitação na Justiça, sendo que Denismar não tinha ainda sido interrogado.

Em depoimento no dia 14 de fevereiro, Luíza negou inicialmente que tivesse planejado a morte do ex ou feito qualquer insinuação para que Thiago o matasse. Ela disse que Thiago sabia do seu ódio por Denismar, mas que se surpreendeu quando soube do assassinato e do envolvimento do namorado. Porém, ao ser confrontadas com as conversas pelo Whatsapp, admitiu que tinha acordado a morte do ex, mas a idéia partiu de Thiago e que em nenhum momento se falou em matar a atual mulher de Denismar e a filha dela.

As conversas no celular indicam que o casal já vinha tentando executar o crime desde outubro de 2021. Mostram também que estavam estudando a rotina de Denismar. Dias antes do crime, eles chegaram a compartilhar a foto de um revólver, no qual ela comemora a imagem, e depois falam que ele foi visto em determinado lugar, o que para Thiago seria um “sinal” de que ele “ta pedindo para ser encaminhado”.

Doze dias antes, em outra conversa, Luíza deu a indicação de que estava com medo de um suposto castigo divino e Thiago a tranquilizou dizendo que ela apenas “planejou” e que cabia a ele “executar” o serviço, no caso, segundo a polícia, a morte de Denismar.

Thiago não estava sozinho no momento do crime, mas esta pessoa ainda não teria sido localizada e nem identificada.

Em sua decisão, proferida na quarta-feira, dia 09 de fevereiro, a juíza Nathália Bueno Arantes da Costa, da comarca de Silvânia, também passou de temporária para preventiva a prisão de Thiago e Luíza, que estão detidos desde a primeira quinzena de fevereiro.

*Por Márcio Leijoto

Fonte: O Popular

Foto: Reprodução/Redes Sociais