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Em Goiás, faixa etária com maior aumento de sobrepeso são os adolescentes

O índice de obesidade está aumentando em todas as faixas etárias em Goiás, principalmente entre os adolescentes. Em 10 anos, apenas as crianças menores de cinco anos mantiveram estável o índice do excesso de peso. A constatação foi divulgada no Atlas da Obesidade no Estado de Goiás, desenvolvido por pesquisadoras da Faculdade de Nutrição (Fanut) e do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da Universidade Federal de Goiás (UFG), em parceria com a Secretaria do Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).

De acordo com o estudo, no intervalo de 2010 à 2020, a obesidade entre os adolescentes tiveram a prevalência de um aumento relativo de 80%, passando de 18,2% em 2010 para 32,7% em 2020. Já as crianças, entre 5 e 9 anos, tiveram um aumento de 30%, passando de 25,7% para 33,5%. Nos adultos, o aumento foi de 47%, contabilizando 44,7%, em 2010 e atingindo 66,7% em 2020. E nos idosos de 25%, indo de 38,8% para 48,4%. As crianças menores de 5 anos mantiveram o índice em 15%.

As pesquisadoras acreditam na hipótese da amamentação ser o fator de apenas o grupo entre 0 e 5 anos não terem aumentado consideravelmente seu peso. Segundo a coordenadora do projeto de pesquisa e professora da Fanut (UFG), Maria da Rosário Gondim Peixoto, o aumento da prevalência do aleitamento materno na última década no Brasil pode estar relacionado. “Apesar das práticas alimentares saudáveis em crianças menores de cinco anos estarem aquém do ideal, há evidências científicas de que o aleitamento materno protege as crianças do ganho excessivo de peso”, explicou.

Para as pesquisadoras, o agravamento nutricional constatado poderia ser solucionado com o fortalecimento de ações voltadas à prevenção, diagnóstico e tratamento da obesidade no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), em consonância com estratégias eficazes de gestão, monitoramento e avaliação.

*Por Gabriella Oliveira

Fonte: Jornal Opção

Foto: Reprodução/Campos 24 Horas